domingo, 12 de abril de 2009

Corrupção perde aliados

As lideranças mundiais reuniram-se semana passada na reunião do G-20, em que as 19 potências econômicas (entre países ricos e emergentes) mais a União Européia, procuraram encontrar alguma luz no longo túnel desta crise. Dentre algumas decisões tomadas, uma delas me chamou muito a atenção. Não por apresentar uma possível solução para o turbilhão vivido, mas por mostrar um caminho para a diminuição de outro problema: a corrupção.

Foi acordado na reunião do G-20, em Londres, que os paraísos fiscais terão de ser mais transparentes, liberando o acesso a investigações e demais demandas solicitadas. Lugares como a Suíça e as Ilhas Caimã, não poderão mais manter sigilo nas operações realizadas em seus bancos. A proposta, segundo noticiado pela imprensa, foi colocada à mesa pelo presidente francês Nicolas Sarkosy.

Assim os paraísos fiscais serão forçados a compartilhar informações fiscais. Gostei bastante, pois me acostumei a escutar que milhões e milhões são desviados para contas no exterior. Seja lá qual fosse o escândalo, encabeçado por Cacciola, juiz Lalau, ou por qualquer corrupto de plantão, a grana do povo sempre ia parar num banco gringo. Será que a corrupção ficará sem esse importante aliado?

Bom seria se todas as instituições fossem sérias como o banco alemão Deutsch Bank, que irá devolver cerca de cinco milhões de dólares desviados por Paulo Maluf. Ao reconhecer ter sido utilizada no esquema do “doutor Paulo”, o banco informou que devolverá a bagatela aos cofres públicos da cidade de São Paulo. Outros vinte e dois milhões de dólares estão bloqueados pela justiça das Ilhas Jersey, localizado no Canal da Mancha. O “Tomada de Opinião” segue na torcida para que até as calças do Maluf sejam devolvidas aos cofres públicos.

2 comentários:

Guilherme Reis disse...

Pois é, até que essa reunião do G-20 foi mais interessante que as outras, que eram do G-8. Quando as ações dos 8 dão merda, eles chamam outros 12 para dividir as soluções. Que bom! Pelo menos agora mais países têm voz. E os 12 também estavam loucos pra entrar no tal grupo. Quanto a questão dos paraísos fiscais, achei ótima a idéia. Mas aqui nossos deputados são mais modestos. Colocam o dinheiro sujo em mansões de luxo.
Abraço

Chico disse...

Parce-me que a Suiça está tomando um passo, beeeem a longo prazo, de sair de cima do muro.

Entretanto o buraco é mais embaixo (é sempre mais embaixo), são micropaíses que vivem sob essa estrutura econômica.

Eu duvido que a Suiça sofra algum revés forte, mas Saint Pierre & Miquelon ou Ilhas Cayman... bom, só o tempo dirá.

Enquanto isso a posição supostamente neutra rende milhões de adeptos globais. Eita povo que se esconde na "neutralidade"